Eu defendo que no ambiente corporativo a meritocracia pode ser um dos vetores da infelicidade, pois funcionários e colaboradores são hipermotivados à competição, ao melhor desempenho, ao atingimento de metas a qualquer custo e também aos disputados planos de carreira. Um processo no qual o profissional que se mostra melhor, mais bem preparado, mais engajado, será aquele que ascenderá aos cargos cujos salários e benefícios proporcionam status e uma almejada qualidade de vida.
Se considerarmos que grande parte das pessoas passa, em média, ao menos 8 a 11 horas diárias em seu ambiente de trabalho, deslocam-se por 1 ou 2 horas no ir e vir e dormem de 6 a 8 horas por noite, percebemos que sobra pouco para as outras atividades que lhes traga satisfação. Por isso, grande parte dos teóricos modernos atribuem às empresas a responsabilidade de serem, além de empregadoras, um vetor para as relações pessoais positivas e realizações que lhes traga felicidade. Isso faz sentido para você?
Em algum momento de sua vida, você enfrentará uma crise. Financeira, emocional, estrutural, existencial, de saúde. Mas as crises não existem “fora de nós”, e sim “em nós”. São uma leitura mental complexa que fazemos de uma situação específica com a qual não sabemos lidar ou que está fora de nossa zona de conforto, causando uma séria frustração.